A Organização Mundial da Saúde define efeitos colaterais (ou reação adversa) como “uma reação prejudicial e indesejável que ocorre em doses normalmente utilizadas para profilaxia, diagnóstico ou tratamento”. 

Efeitos indesejáveis podem ocorrer como um exagero do efeito terapêutico normal, ou efeitos indesejáveis simultaneamente em diferentes órgãos e sistemas, não apenas naqueles no local da doença.

É normal que um antiespasmódico, por exemplo, além de eliminar a dor de estômago, cause secura bucal ou que um anti-inflamatório remova a dor e a inflamação, mas ao mesmo tempo dê algum desconforto estomacal. 

Apesar dos esforços de pesquisa para tornar as drogas cada vez mais seletivas, os efeitos colaterais ainda são muito comuns, entenda a seguir como eles ocorrem e como lidar com eles.

Entendendo os efeitos colaterais de medicamentos

Em alguns casos, os efeitos colaterais não podem ser separados do benefício e devem ser tolerados (desde que, é claro, que não sejam graves).

Nestes casos, a reação adversa está relacionada à principal ação do medicamento no corpo, como sonolência diurna devido a um comprimido para dormir tomado na noite anterior à hora de dormir. 

Estes são geralmente desconfortos menores e transitórios, mas podem ser graves em grupos de pacientes predispostos. 

Há também reações adversas que não estão relacionadas à dose tomada: nestes casos podemos falar de reações “idiossincráticas”, definidas como reações que ocorrem apenas em determinados indivíduos.

Essas reações podem ter origem congênita ou alérgica que ocorrem após contato repetido com o medicamento alergênico.

Alguns medicamentos possuem efeitos colaterais ainda mais complexos, entenda no artigo abaixo:

É possível prever os efeitos colaterais de um medicamento?

A ocorrência de efeitos indesejáveis é obviamente mais provável se as drogas forem usadas incorretamente ou se houver contraindicações ao seu uso em um determinado paciente. 

Muitas pessoas se assustam com a longa lista de efeitos indesejáveis na bula e, às vezes, decidem desistir ou interromper o tratamento, ou mudar arbitrariamente a dosagem e o método de administração. 

Porém, ao fazer isso, eles também renunciam aos possíveis benefícios de um tratamento particular. 

Além disso, às vezes é mais perigoso interromper o tratamento do que tolerar o desconforto, como é o caso de medicamentos para a pressão alta, por exemplo. 

Conclusão

É por isso que, antes de tomar um medicamento, deve-se sempre pedir informações sobre possíveis efeitos indesejáveis e, sobretudo, como reconhecê-los quando aparecem.

No caso da ocorrência de um distúrbio que possa estar ligado a um tratamento contínuo, o melhor a fazer é consultar seu médico ou farmacêutico, mesmo que você só suspeite que o desconforto repentino possa estar relacionado a um medicamento.